segunda-feira, 11 de março de 2013

A Língua Portuguesa nos Currículos de Final do Século

Marildes Marinho

     O texto faz uma discussão sobre as propostas curriculares para o Ensino da Língua Portuguesa, no final do século XX, tendo como objetivo a explicitação da concepção de Língua e de gramática.
·        Condições de leitura de um texto curricular: Uma perspectiva de análise.

    Ao fazer uma análise curricular é importante observar não apenas os conceitos e as definições teórico – metodológicas, mas deve-se também dar atenção a duas perspectivas gerais que são:
Ø As influências internas: geradas pelo desenvolvimento dos estudos e pesquisas na área específica.
Ø As influências externas: do contexto político e social.


·        Resumindo uma longa História da Disciplina de Língua Portuguesa.

      Ao fazer uma retrospectiva do componente curricular da Disciplina de Língua Portuguesa, Magda Soares 1996, aborda a relação entre produção de material didático, como o livro didático, o perfil do professor e do aluno em diferentes períodos da história.
     Ela ainda afirma que nos anos 50, com as mudanças na sociedade brasileira, ocorreu a abertura da escola para a classe trabalhadora, surgindo como o resultado de um movimento.
    Nos anos 60, a seleção de professores de Português passou a ser menos rigorosa devido ao aumento no número de alunos matriculados no Ensino Fundamental e Médio.
     Com relação aos conteúdos da Língua Portuguesa surge no século XIX a preocupação com a língua oral e a língua escrita, pois atualmente, para que uma pessoa seja considerada alfabetizada, de forma a compreender todos os tipos de textos, esta deve dominar os dois tipos de linguagem. Com isso a autora aborda a questão da Gramática permanecer distante da leitura e da escrita desde o século XVI.
       Magda Soares diz:
“... mesmo nos momentos em que se elege o texto como objeto de estudo, a gramática é um conteúdo autônomo e ao qual se da maior ênfase. Até hoje, quando se tenta integrar as três áreas básicas da disciplina _ leitura, produção de textos e gramática _ nos livros didáticos, a gramática se impõe altiva e autônoma.” (pag. 47)

·         Da forma de Organização das Estratégias de Leitura

      Na produção de um texto, a organização é fundamental. E ao analisar a estrutura global de um currículo, deve dar atenção aos pressupostos teóricos, objetivos, conteúdos, metodologia e avaliação. O problema está em encontrar nisso um significado consensual, diz Marildes Marinho.

·        Concepção de Língua e de Gramática

     A concepção de Língua não deve, segundo a autora, ser entendida apenas como interação, como aquela capaz de suprir as limitações de uma prática pedagógica. Porque apesar de poder observar uma diversidade de concepções sobre a língua, não é possível defini-la de forma clara.
·        A Escrita na Escola: Ler e Escrever para Quê?

Objetivo: “Levar o aluno ao domínio da norma padrão, principalmente em sua modalidade escrita, sendo esse domínio a condição prévia para o exercício da cidadania, sobretudo para o aluno de classe social baixa.” (pag. 70)
Sendo assim, é possível entender que o acesso à norma culta pode possibilitar uma ascensão social, de maneira individual, e transformação social e política, no coletivo.

·        O texto É e não É Pretexto.

      Marildes Marinho afirma neste tópico que o texto tem sido usado apenas como um pretexto para o estudo da gramática ou de recursos literários. E questiona o porquê não é proposta nas orientações curriculares, uma análise do texto, dando a devida importância a suas condições de produção. Nesse sentido é possível concluir que existe grande dificuldade em usar o texto como o recorte linguístico básico no processo de ensino aprendizagem.

·        Variação Linguística e Relação Língua Oral / Língua Escrita.

Variação Linguística: Polarização entre o dialeto popular e o dialeto padrão.
     Tem se entendido que a noção de dialeto padrão e a escrita são sinônimos, dando a escrita uma característica de uniformidade, enquanto a oralidade sofreria variações.
 
     É no período de alfabetização que ocorre a mediação da oralidade para a construção de conhecimentos e hipóteses básicas sobre o funcionamento da escrita. Nesse momento o professor torna-se o escriba do aluno, dando a ele a possibilidade de através da leitura construir um conhecimento sobre a escrita.

·        A Avaliação: Um final Lacônico

    Neste último tópico a autora afirma que a avaliação tem como pressuposto fundamental, a consideração do processo como mais importante do que o produto, teoricamente.
   Apesar de ainda se ter duvida de como avaliar o processo de aprendizagem da Língua Portuguesa, utiliza-se a produção de texto de forma individual e coletiva. E a outra maneira de se avaliar que é representativo nos currículos, sugere uma avaliação do texto escrito, diariamente.
    Com relação à avaliação da leitura, as orientações curriculares demonstram respeitar a diversidade de leituras. Sugerindo-nos avaliar com debates, representações, elaboração de resenhas, etc.





Um comentário:

  1. Julia, vc fez uma boa síntese do texto. Seguiu os tópicos apresentados pela autora. Entretanto, não fez uma reflexão, colocando um pouco de suas opiniões a respeito... Foi solicitado que se fizesse uma reflexão e não meramente um resumo... Se quiser, ainda pode aprimorar este post.
    Abs
    Ivan

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