Marildes Marinho
O texto faz uma discussão sobre as propostas curriculares
para o Ensino da Língua Portuguesa, no final do século XX, tendo como objetivo a
explicitação da concepção de Língua e de gramática.
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Condições de leitura de um texto curricular:
Uma perspectiva de análise.
Ao fazer uma análise curricular é
importante observar não apenas os conceitos e as definições teórico – metodológicas,
mas deve-se também dar atenção a duas perspectivas gerais que são:
Ø As
influências internas: geradas pelo desenvolvimento dos estudos e pesquisas na
área específica.
Ø As influências
externas: do contexto político e social.
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Resumindo uma longa História da Disciplina de
Língua Portuguesa.
Ao fazer uma retrospectiva do componente curricular da Disciplina de Língua
Portuguesa, Magda Soares 1996, aborda a relação entre produção de material didático,
como o livro didático, o perfil do professor e do aluno em diferentes períodos da
história.
Ela ainda afirma que nos anos 50, com as mudanças na sociedade
brasileira, ocorreu a abertura da escola para a classe trabalhadora, surgindo
como o resultado de um movimento.
Nos anos 60, a seleção de professores de Português passou a ser menos
rigorosa devido ao aumento no número de alunos matriculados no Ensino
Fundamental e Médio.
Com relação aos conteúdos da Língua Portuguesa surge no século XIX a
preocupação com a língua oral e a língua escrita, pois atualmente, para que uma
pessoa seja considerada alfabetizada, de forma a compreender todos os tipos de
textos, esta deve dominar os dois tipos de linguagem. Com isso a autora aborda
a questão da Gramática permanecer distante da leitura e da escrita desde o
século XVI.
Magda Soares diz:
“... mesmo nos momentos em que se elege o
texto como objeto de estudo, a gramática é um conteúdo autônomo e ao qual se da
maior ênfase. Até hoje, quando se tenta integrar as três áreas básicas da
disciplina _ leitura, produção de textos e gramática _ nos livros didáticos, a
gramática se impõe altiva e autônoma.” (pag. 47)
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Da forma de Organização das Estratégias de Leitura
Na produção de um texto, a organização é fundamental. E ao analisar a
estrutura global de um currículo, deve dar atenção aos pressupostos teóricos,
objetivos, conteúdos, metodologia e avaliação. O problema está em encontrar
nisso um significado consensual, diz Marildes Marinho.
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Concepção de Língua e de Gramática
A concepção de Língua não deve, segundo a
autora, ser entendida apenas como interação, como aquela capaz de suprir as
limitações de uma prática pedagógica. Porque apesar de poder observar uma
diversidade de concepções sobre a língua, não é possível defini-la de forma
clara.
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A Escrita na Escola: Ler e Escrever para Quê?
Objetivo: “Levar o aluno ao domínio da
norma padrão, principalmente em sua modalidade escrita, sendo esse domínio a
condição prévia para o exercício da cidadania, sobretudo para o aluno de classe
social baixa.” (pag. 70)
Sendo assim, é possível entender
que o acesso à norma culta pode possibilitar uma ascensão social, de maneira
individual, e transformação social e política, no coletivo.
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O texto É e não É Pretexto.
Marildes Marinho afirma neste tópico que
o texto tem sido usado apenas como um pretexto para o estudo da gramática ou de
recursos literários. E questiona o porquê não é proposta nas orientações
curriculares, uma análise do texto, dando a devida importância a suas condições
de produção. Nesse sentido é possível concluir que existe grande dificuldade em
usar o texto como o recorte linguístico básico no processo de ensino
aprendizagem.
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Variação Linguística e Relação Língua Oral / Língua
Escrita.
Variação Linguística: Polarização entre
o dialeto popular e o dialeto padrão.
Tem se entendido que a noção de dialeto padrão e a escrita são sinônimos,
dando a escrita uma característica de uniformidade, enquanto a oralidade
sofreria variações.
É no período de alfabetização que
ocorre a mediação da oralidade para a construção de conhecimentos e hipóteses básicas
sobre o funcionamento da escrita. Nesse momento o professor torna-se o escriba
do aluno, dando a ele a possibilidade de através da leitura construir um
conhecimento sobre a escrita.
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A Avaliação: Um final Lacônico
Neste
último tópico a autora afirma que a avaliação tem como pressuposto fundamental,
a consideração do processo como mais importante do que o produto, teoricamente.
Apesar de ainda se ter duvida de como avaliar o processo de aprendizagem
da Língua Portuguesa, utiliza-se a produção de texto de forma individual e coletiva.
E a outra maneira de se avaliar que é representativo nos currículos, sugere uma
avaliação do texto escrito, diariamente.
Com relação à avaliação da leitura, as orientações curriculares
demonstram respeitar a diversidade de leituras. Sugerindo-nos avaliar com
debates, representações, elaboração de resenhas, etc.
Julia, vc fez uma boa síntese do texto. Seguiu os tópicos apresentados pela autora. Entretanto, não fez uma reflexão, colocando um pouco de suas opiniões a respeito... Foi solicitado que se fizesse uma reflexão e não meramente um resumo... Se quiser, ainda pode aprimorar este post.
ResponderExcluirAbs
Ivan